1/1/2012
No Zimbabué, uma deputada do Movimento para a Mudança Democrática foi libertada ontem depois ter sido presa ao acusar o presidente Robert Mugabe de homossexual.
Lynette Karenyi estava para ser liberada ainda na semana passada mediante o pagamento de uma caução, mas acabou por passar o Natal na prisão por causa de uma lei favorável aos partidarios do presidente.
O público festejou a libertação pelo tribunal de Mutare, na provincia de Manicaland da deputada Lynette Karenyi.
A arguida chegou a pagar 200 dólares de caução pela liberdade condicional no dia 20 de Dezembro, mas o ministério publico fez de tudo para que fosse aplicada uma lei que prevê que mesmo em caso de pagamento de fiança, o acusado ou acausada deve permanecer na prisao pelo menos até 7 dias.
David Tandire advogado de Karenyi disse aos seus apoaintes à saida do tribunal que a luta judicial ainda não estava terminada.
“Ela pôde ser libertada agora após o pagamento de fiança. No dia 12 de Janeiro o processo será retomado.”
A deputada do MDC é acusada de desestabilizar e insultar a autoridade do presidente da república. Ela terá dito aos apoiantes do partido durante um comício no inicio deste mês que o presidente Mugabe teve práticas homossexuais com um membro da alta instância do partido ZANU-PF e antigo presidente, Canaan Banana, preso durante dois anos por praticar sodomia em 1997.
A homossexualidade deverá ser um dos temas importantes das proximas eleições no Zimbabué.
O direito dos homossexuais tem sido um dos pontos do contencioso no anti-projecto da nova constituição política, dada a sua ilegalidade no país.
O primeiro-ministro Morgan Tsvangirai e líder do MDC tem-se mostrado cauteloso afirmando não apoiar essa orientação mas que reconhecia os homossexuais como seres humanos.
O presidente Mugabe por sua vez, afirma que os homossexuais destroiem o principio da nação e permitir o casamento homossexual à semelhança de alguns países ocidentais seria uma “insanidade”.
A questão da homossexualidade vai estar de novo na ribalta política dentro de semanas com o reinício do julgamento de Lynette Karenyi.
http://www.voanews.com/portuguese/news/12_29_11_zimbabwe_lawmaker-136385278.html
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