Por: Yeltsin Lima em 12/01/12 na(s) categoria(s):
Depois do Cardoso declarar que teria o maior orgulho de dizer que o Meio Bit é o primeiro blog de tecnologia com um autor openly gay (e que não é ele), resolvi trazer uma pauta voltada ao público, ou mesmo para quem se interessa sobre a App Store. Existe um aplicativo para relacionamento entre homossexuais chamado Grindr, que já possui mais de 3 milhões de usuários em todo mundo em 192 países.
Obviamente dizer que o Grindr é apenas uma rede social para relacionamento sério e amizade é pra vender e ser aceito na App Store. Grande parte dos que entram na rede procuram sexo loucamente. Talvez a principal razão seja o lance da geolocalização, é possível encontrar com um parceiro que está a metros de você. E olha, aqui em Recife existe uma grande aderência do aplicativo (sério, achei que aqui no Brasil ele não ia pegar, como o WhosHere que é sucesso lá nos Estados Unidos e é voltado para todos os públicos), imagina em São Paulo, por exemplo (vou fazer o teste quando for pra Campus Party).
Desde que o aplicativo se lançou para iPhone, outras versões também sugiram como para Android, Blackberry e iPad. Sem falar que eles possuem uma versão paga que é baseada em assinatura, ou seja, você paga eternamente (ou até achar o amor da sua vida).
O mais curioso é que existe usuários em locais em que a homossexualidade é crime, como o Irã. E outras em que é visto com outros olhos, como Afeganistão, Etiópia, Haiti, Iraque, Ruanda, Sri Lanka e Yemen. No total em todos os países, são cerca de 8 mil novos usuários por dia.
Obviamente eles não informam o quanto ganham por essa versão Xtra, como eles chamam. Mas considerando que até o aplicativo é pago, e ainda existe uma assinatura, eu não duvido que esteja na casa dos milhões. Ah, e para quem não sabe, o público consumidor gay é bem mais “fiel” do que o heterossexual, por isso que existem ações voltadas ao público.
Ah vá, você pensou que tudo isso, de ser “gay-friendly” era apenas por apoiar a causa? Focar no público homossexual é ótimo, mas tem que conhecer bem o seu público para não fazer besteira e cair nos clichê. Eu mesmo, por exemplo, não sou afeminado, gosto das músicas que “todos” os gays gostam, mas se eu ouvir Jamie Cullum ou Alexander Rybak tocando na minha frente, eu viro outro. Ou o modo de se vestir, à lá Restart, ou como eles encaram o mundo, ou tudo.
O Grindr por ser um aplicativo voltado ao público gay, já fez sucesso em si. E com o notificações de eventos e de causas (como aquela que era a favor do casamento gay nos Estados Unidos), faz mais sucesso ainda (perdi de ir a um evento deles durante o SXSW). Sem falar que, só quem entra no Grindr é gay ou bissexual, ou seja, as pessoas sentem-se mais à vontade de mostrar seus rostos e muitos não são assumidos. Ou você ficou curioso com o artigo, vai pegar seu Android/iPhone e baixar o Grindr, ah vá. Para o público geral, existe uma ferramenta da mesma empresa chamada Blendr.
Não sou gay, meu namorado é que é. Ah, precisava terminar esse artigo com uma frase clichê e imbecil, inventada por gays que são quase assumidos e querem criar polêmica. Aos gays que lêem o Meio Bit (eu sei que tem, que eu sou amigo de vários), um artigo pra vocês. Para o público hétero que lê o MB, não sintam-se incomodados com essa invasão gay no site, prometo que quando meu tripé chegar, vocês terão ótimos reviews
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