O professor da UFT, Cleides Antônio Amorim, foi assassinado com uma facada na cidade de Tocantinópolis. Segundo as informações da PM, o crime teria motivação homofóbica já que antes do crime, no momento da discussão, Gilberto Afonso de Sousa teria deixado claro que não gostava de homossexuais. O professor morreu na hora e Sousa está foragido. O presidente do Grupo Ipê Amarelo, Renilson Cruz, em entrevista se mostrou indignado com o crime que considerou covarde e preconceituoso. A UFT também lamentou a morte do professor.
Na madrugada de hoje, 5, o professor da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Tocantinópolis, Cleides Antônio Amorim, foi assassinado com uma facada embaixo do peito esquerdo. Segundo informações da Polícia Militar do município, a homofobia teria motivado o crime, já que testemunhas contaram que na ocasião o assassino alegou que não gostava de homossexuais.
O tenente José Ribamar Maciel Martins contou que o professor estava acompanhado de dois amigos e bebiam num bar quando logo em seguida chegou Gilberto Afonso de Sousa que sentou com uma mulher e dois homens, sem ser convidado e na mesa ao lado estava Amorim. De acordo com as informações, Sousa chegou ao local embriagado e começou a gritar “nessa mesa só tem viado” se referindo a mesa do professor.
Ainda de acordo com as informações do tenente, testemunhas contaram que após discussões entres os envolvidos, Sousa pegou uma faca, desferiu um golpe contra o professor e em seguida deixou o local. Amorim morreu na hora. E logo após o crime os amigos do professor destruíram a moto de Sousa com pauladas. “Uma das testemunhas contou que na confusão Sousa caiu perto da moto e ao levantar disse que ia pegar a chave da moto e ia embora, mas na verdade ele pegou embaixo do banco da motocicleta uma faca. Todos que estavam presentes correram menos Amorim, que foi atingido com uma facada do lado esquerdo do peito” explicou o tenente.
O presidente do Grupo Ipê Amarelo Pela Livre Orientação Sexual- Giama, Renilson Cruz, em entrevista se mostrou indignado com o crime que considerou covarde e preconceituoso. “Esse é mais um crime homofóbico e covarde que não pode ficar sem punição, ninguém tem o direito de matar. Não justifica o fato de não gostar deles e isso poder acabar com a vida do ser humano” pontuou.
Segundo o Giama, Cleides Amorim é o 28º LGBT assassinado no Tocantins.
Histórico
O professor Cleides Antônio tinha 42 anos, era professor assistente, coordenador do curso de Ciências Sociais e ministrava aulas nas disciplinas de Antropologia II, Introdução à Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais, Sociologia da Educação e Tópicos Especiais em Antropologia. Ainda não há informações sobre horário e local do sepultamento.
Segundo seu currículo na Plataforma Lattes, Amorim era graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (1996) e mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). A UFT lamentou a morte do professor.
Foto: Divulgação Fonte: Thaise Marques - SiteRT Postador: surgiu.com (abr)
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