Roger Godwin |
3/1/2012
Não obstante ter sido a primeira nação africana a legalizar a homossexualidade, a verdade é que a África do Sul começa a ser palco de crescentes actos de violência reveladora de intolerância e de discriminação sexual.
Desde há três meses que as lésbicas e os “gays”, sobretudo os de raça negra que vivem nas zonas rurais da África do Sul enfrentam um clima de grande violência não obstante o facto de estarem protegidos pela Constituição que reconhece a sua existência com plenitude de direitos.
Um estudo recentemente divulgado pela organização “Human Rights Watch”, com 93 paginas e que se baseia em 120 entrevistas levadas a cabo em seis províncias, os abusadores actuam com total impunidade e muitas das vezes com a própria cumplicidade da polícia.
De acordo com o relatório, a ameaça de violência que paira sobre a vida das lésbicas, das mulheres bissexuais e dos “gays”, especialmente nas zonas mais pobres e não urbanas, é incrível.
Esta situação é ainda mais comprometedora para a África do Sul porque surge numa altura em que o país luta pela igualdade jurídica noutras nações do continente, sobretudo as que se situam no norte de África. O estudo sublinha que, para lá dos preconceitos, este tipo de violência resulta da ignorância generalizada acerca das lésbicas e dos “gays” e, também, de hábitos transmitidos pelas próprias igrejas que temem abordar questões que se prendem com a sexualidade e o género.
De acordo com a “Human Rights Watch” a esmagadora maioria das pessoas entrevistadas revelou que tinha receio de recorrer à polícia para pedir protecção e relatar os crimes de que foram vitimas. Esse receio, segundo o estudo, decorre do facto da polícia não ter actuado uma única vez quando confrontada com esta situação.
A África do Sul, internacionalmente reconhecida como a grande potência do continente africano, debate-se, a nível interno, como uma série de contradições que podem comprometer algumas das suas ambições políticas a nível internacional.
Para lá de uma desigualdade social que se acentua cada dia que passa, a África do Sul tem sentido reconhecidas dificuldades em resolver alguns problemas funcionais que subsistem desde o período do apartheid, quando existiam duas leis: uma para os brancos e outra para os negros. Agora, a interpretação das leis é diferenciada consoante as regiões e as poses financeiras dos grupos afectados o que prejudica, principalmente, as pessoas que vivem nos arredores das grandes cidades e das que tentam desenvolver o meio rural.
Uma leitura pelo resultado do trabalho feito pela “Human Rights Watch” deixa perceber, claramente, as esta onda de intolerância pela diferença sexual revela-se, com muito maior rigor, nas zonas rurais não havendo qualquer tipo de referência ao que se passa nos grandes centros urbanos. Sempre atentas ao que de mau se passa em África, e suprimindo as consequências da grave crise que afecta o ocidente, organizações como a “Human Rights Watch”, ao denunciarem casos como este, apenas fazem o seu trabalho para impedir que África surja, aos olhos do mundo, como um continente capaz de conviver com os seus pares em perfeito pé de igualdade.
Desde há três meses que as lésbicas e os “gays”, sobretudo os de raça negra que vivem nas zonas rurais da África do Sul enfrentam um clima de grande violência não obstante o facto de estarem protegidos pela Constituição que reconhece a sua existência com plenitude de direitos.
Um estudo recentemente divulgado pela organização “Human Rights Watch”, com 93 paginas e que se baseia em 120 entrevistas levadas a cabo em seis províncias, os abusadores actuam com total impunidade e muitas das vezes com a própria cumplicidade da polícia.
De acordo com o relatório, a ameaça de violência que paira sobre a vida das lésbicas, das mulheres bissexuais e dos “gays”, especialmente nas zonas mais pobres e não urbanas, é incrível.
Esta situação é ainda mais comprometedora para a África do Sul porque surge numa altura em que o país luta pela igualdade jurídica noutras nações do continente, sobretudo as que se situam no norte de África. O estudo sublinha que, para lá dos preconceitos, este tipo de violência resulta da ignorância generalizada acerca das lésbicas e dos “gays” e, também, de hábitos transmitidos pelas próprias igrejas que temem abordar questões que se prendem com a sexualidade e o género.
De acordo com a “Human Rights Watch” a esmagadora maioria das pessoas entrevistadas revelou que tinha receio de recorrer à polícia para pedir protecção e relatar os crimes de que foram vitimas. Esse receio, segundo o estudo, decorre do facto da polícia não ter actuado uma única vez quando confrontada com esta situação.
A África do Sul, internacionalmente reconhecida como a grande potência do continente africano, debate-se, a nível interno, como uma série de contradições que podem comprometer algumas das suas ambições políticas a nível internacional.
Para lá de uma desigualdade social que se acentua cada dia que passa, a África do Sul tem sentido reconhecidas dificuldades em resolver alguns problemas funcionais que subsistem desde o período do apartheid, quando existiam duas leis: uma para os brancos e outra para os negros. Agora, a interpretação das leis é diferenciada consoante as regiões e as poses financeiras dos grupos afectados o que prejudica, principalmente, as pessoas que vivem nos arredores das grandes cidades e das que tentam desenvolver o meio rural.
Uma leitura pelo resultado do trabalho feito pela “Human Rights Watch” deixa perceber, claramente, as esta onda de intolerância pela diferença sexual revela-se, com muito maior rigor, nas zonas rurais não havendo qualquer tipo de referência ao que se passa nos grandes centros urbanos. Sempre atentas ao que de mau se passa em África, e suprimindo as consequências da grave crise que afecta o ocidente, organizações como a “Human Rights Watch”, ao denunciarem casos como este, apenas fazem o seu trabalho para impedir que África surja, aos olhos do mundo, como um continente capaz de conviver com os seus pares em perfeito pé de igualdade.
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